A hospedeira


A Hospedeira
Stephenie Meyer
Editora Intrínseca
Páginas 557




A Terra foi ocupada por um inimigo que não pode ser detectado. O humano se tornou hospedeiro desses invasores: sua mente é extraída, enquanto o corpo permanece intacto. A nova consciência que o ocupa passa então a conduzir sua vida, que aparentemente prossegue sem alteração.

A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo. Melanie Strider não. Junto aos poucos remanescentes de nossa espécie, ela vive em segredo. Até, um dia, ser capturada.

Peregrina, a "alma" invasora designada para o corpo de Melanie, fora alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, as sensações tão intensas, a persistência das lembranças e das memórias, vívidas demais. Mas há uma dificuldade que Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.

Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos humanos que ainda resistem. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared. Incapaz de se separar dos desejos de seu corpo, Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por aquele humano a quem, contrariadamente, foi submetida.

Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa do homem que as duas amam.


Ah! não sei nem como começar a descrever esse livro. No começo, confesso, não gostei nem um pouco. Achei a história ruim, o diálogo bobo, quase me arrependi de ter comprado o livro.

Mas depois de mais ou menos cem páginas lidas, a história começa a ficar interessante, aparecem várias emoções, que faz você sentir elas ao mesmo tempo em que está lendo. Medo, ansiedade, suspense, romance é maravilhoso, são vários conflitos e sempre que um problema é resolvido, aparecem outros.

Melanie tem um parasita em seu corpo, um alienígena, o planeta está tomado por eles, mas Melanie é forte e    resiste, não deixa essa alma (como eles mesmos se chamam) tomar o seu corpo totalmente. E ela percebe que é forte, mas que não pode tirar essa alma de seu corpo, então ela começa a passar todos os seus sentimentos para a alma. 

Peregrina (a alma que parasita o corpo de Melanie) é doce, gentil, e não consegue entender o porque sua hospedeira resiste, fica se sentindo fraca. É muito difícil pra ela lidar com as emoções de Melanie, que são tão intensas para ela. Principalmente o amor, e é esse amor que faz com que a Peregrina e Melanie se juntem literalmente.

Quando elas se unem e vão em busca dos seus amores, Jared, seu amado e Jamie, seu irmão, não sabiam o quanto seria difícil, pois há vários humanos que resistem aos invasores, que estão escondidos e Jared e Jamie estão com eles. E Peregrina não é aceita, eles não conseguem acreditar que Melanie ainda possa estar dentro daquele corpo, e mesmo que ela estivesse ainda consciente nele, não acreditavam na bondade e não entendiam as intenções da Peregrina.

E à partir daí, começa toda a trama da história, é uma história magnífica, pois faz você pensar o quanto nós seres humanos somos complexos, o quanto causamos sofrimentos, com guerras, desigualdades, preconceitos; o quanto somos extremos, como podemos amar e odiar, ter compaixão e crueldade, alegria e infelicidade, como podemos machucar e acolher.

E no livro os alienígenas não são assim, vieram e acham que estão nos ajudando, eles não tem essas emoções fortes, não sentem ódio, não usam a violência, ao contrario têm pavor só de pensar. Com eles não há desigualdade, pois eles trabalham e não tem salário, quando precisam de algo, vão na loja e levam, têm direito. Eles são bondosos, vivem sempre alegres, são sempre muito educados.

E a autora demonstra os sentimentos de uma maneira maravilhosa, principalmente o amor, como ele arde o coração, a pele, ao se pensar ou ver a pessoa amada, queima o rosto, os lábios quando se tocam. Demonstra como o ser humano pode amar incondicionalmente, quando Ian se apaixona por Peg -como eles passaram a chamar a Peregrina- isso mesmo, ele se apaixona pela alienígena, um amor puro, sem pedir nada em troca, aliás ele só pede que ela pense mais nela.
Peregrina tem tantas discussões internas, tantos medos, tanto pudor, e com isso tanto sofrimento por sempre pensar na felicidade alheia e não pensar nunca, nunca mesmo nela, até no final do livro, momentos em que chorei angustiada por ela, pelo seu sofrimento interno, uma luta com ela mesma, não com sua hospedeira, mas só com ela.

No finalzinho do livro, tem um trecho que eu gostei bastante, um pensamento da Peg:
"Feliz e triste, cheia de alegria e aflição, segura e medrosa, amada e renegada, paciente e zangada, pacífica e arredia, completa e vazia... tudo isso. Eu sentiria tudo. Tudo isso seria meu."

O final é surpreendente, eu não imaginei que podeira dar essa reviravolta, acabei de ler hoje, e não queria que tivesse acabado, ao lembrar da Peg sinto as emoções que ela sentia, me vem como se fossem lembranças, sinto como se eu fosse sua hospedeira agora.


3 comentários:

  1. Eu ainda não comecei a ler o meu Nessa, mas quando eu ler, eu volto para comentar

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  2. Como eu prometi: voltei. kkkkk
    Terminei o livro ontem, e adorei o final. Virei a última página aos prantos, se isso não for muito exagero.
    Achei a história arrasadora e o desfecho incrível. Meyer foi brilhante ao tratar o amor de diferentes pontos de vista, e aprofundar na questão da "humanidade".
    Achei complexa e linda também, a relação de Mel e Peg, como ambas se tornaram aliadas e tudo pelo amor pela sua família. Muito feliz com a sua nota.

    Um livro diferente, inteligente e arrebatador. Sem dúvidas, quem ler, vai adorar.

    Veja a minha resenha: http://blograbisco.blogspot.com.br/2013/01/a-hospedeira-stephenie-meyer.html

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