
Valéria Piassa Polizzi
Editora ática
páginas 278
No tom coloquial próprio dos jovens, ´Valéria Polizzi´ relata com bom humor e descontração as farras com a turma de amigos, a dúvida entre ´ficar´ ou namorar, o despertar da sexualidade, a angústia diante do vestibular e muitas coisas que atormentam qualquer adolescente. Tudo isso seria perfeitamente natural se não fosse por um pequeno detalhe que iria fazer uma enorme diferença: Valéria contraiu AIDS aos 16 anos porque, segundo ela mesma, ´transei sem camisinha´.
Neste livro, ela mostra como, de repente, por causa de quatro letrinhas, sua vida passou por uma reavaliação radical. Ela expõe, sem meias palavras, como a doença mexeu com sua cabeça e com seus sentimentos.
Terminada a leitura, fica clara sua resolução de preservar sua condição de ser humano a todo custo, ao mesmo tempo que cruzam seu caminho.
Depois daquela viagem é um livro triste e alegre, tocante e verdadeiro, um testemunho de coragem e da determinação de levar adiante a vida, apesar da aids.
O livro é uma história verídica, a autora Valéria em sua adolescência contraiu o vírus do HIV, com apenas 16 anos, em 1986 e publicou o livro em 1999, quando estava com 23 anos.
É uma literatura para adolescentes, mas achei a capa meio infantil.
Ela relata como foi difícil ser diagnosticada com o vírus em uma época que se achava que somente homossexuais contraiam Aids, um absurdo.

Quando ela termina o ensino médio vai para os Estados Unidos fazer um curso de teatro, lá ela tem uma nova visão da sua doença, começa a fazer o tratamento e percebe que pode levar uma vida normal, sem ficar esperando que a morte chegue a qualquer momento.
Era um momento difícil pois naquela época não havia muita informação sobre a doença, como se prevenir, como tratar, não haviam remédios ainda que a controlassem, pois só começaram a serem usados em 1990. Valéria teve que aprender a viver de uma nova maneira e a superar seus próprios medos e preconceitos.
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